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23/11/2024
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Justiça veta abertura de shopping na Av. Paulista

Posted by Fred Rangel
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22
out

Outubro/2013 – Estadão

A Justiça determinou que a Cyrela faça um relatório de impacto de vizinhança e de tráfego, e execute obras para amenizar os efeitos no entorno do empreendimento.
São Paulo – Uma das áreas que já foi e pretende voltar a ser símbolo de São Paulo, o terreno da antiga mansão Matarazzo, na Avenida Paulista, está envolvido em novo imbróglio. A Promotoria de Habitação e Urbanismo conseguiu na Justiça uma liminar proibindo a abertura do shopping e de uma torre comercial com 21 andares que estão sendo construídos no local pela Cyrela Commercial Properties (CCP).
O juiz Murillo D’Avila Vianna Cotrim, da 5.ª Vara de Fazenda Pública, acolheu parcialmente uma ação civil pública proposta pelo Ministério Público (MP) e determinou que a Cyrela faça um relatório de impacto de vizinhança e de tráfego, e execute obras para amenizar os efeitos no entorno do empreendimento, previsto para ser inaugurado em novembro de 2014, sob pena de multa diária de R$ 100 mil.
A decisão também proíbe a Prefeitura de São Paulo de emitir a licença de funcionamento ao shopping antes da conclusão das obras mitigadoras. Neste caso, a multa é de R$ 20 mil por dia. Em nota, a Cyrela e a administração municipal afirmaram que o processo do shopping está de acordo com a lei.
Para a Promotoria, contudo, ele foi aprovado com base em dois decretos da década de 1990 que não exigiam estudo de impacto para imóveis inferiores a 60 mil metros quadrados (a obra tem 51,6 mil m²). Mas o Plano Diretor aprovado em 2002, e vigente até hoje, diz o MP, revogou a medida no caso dos grandes geradores de impacto.
Na liminar, o juiz foi taxativo ao dizer que o shopping Cidade São Paulo e a Torre Matarazzo, nomes dos dois projetos, provocam “inequívoco impacto no trânsito e infraestrutura urbana local, enquadrando-se como empreendimento gerador de impacto de vizinhança”.
Lançado em agosto e em construção há pouco mais de um ano, o empreendimento terá um shopping com cinco pavimentos para 170 lojas, dois teatros, seis cinemas, 13 andares com 694 escritórios e um estacionamento de sete níveis no subsolo com 1.557 vagas. A campanha publicitária na TV diz que o shopping será o “novo marco” da cidade.
Sem outorga
A ação do MP cobra ainda na Justiça o pagamento de R$ 116,9 milhões de outorga onerosa (contrapartida financeira paga à Prefeitura para construir acima do limite permitido por lei). Segundo a Promotoria, a Cyrela se valeu de um processo que a família Matarazzo, antiga proprietária do imóvel, havia protocolado na Prefeitura na década de 1990, quando a contrapartida não era exigida, para aprovar um projeto totalmente modificado em 2010 sem pagar a outorga onerosa.
Autora da ação, a promotora Stela Tinoke Kuba, que em 2011 barrou a inauguração do shopping JK Iguatemi, no Itaim-Bibi, zona sul da capital, pela não entrega de obras de compensação pela WTorre, pediu ainda a anulação do alvará de construção e a demolição das obras já executadas, mas a liminar não tratou desse item da ação.
Dentro lei
Cyrela Commercial Properties (CCP) afirmou em nota que seu megaempreendimento na Avenida Paulista seguiu “rigorosamente” a lei e que “adotará todas as providências cabíveis” para reverter a decisão judicial, da qual disse ainda não ter sido intimada.
“A empresa destaca que acompanhou o inquérito civil que precedeu a ação judicial, tendo se surpreendido com a notícia de ajuizamento da demanda, na medida em que naquela esclareceu que o empreendimento foi aprovado junto à Prefeitura de São Paulo rigorosamente dentro dos termos da legislação”, disse a Cyrela.
Segundo a empresa, foram observadas “as diretrizes urbanísticas e ambientais, razão pela qual, até mesmo, não é exigível, por expressa previsão legal, a elaboração do relatório de impacto de vizinhança pretendido pelo Ministério Público”. “Certa de que o empreendimento está sendo construído dentro da mais pura regularidade, a empresa adotará todas as providências cabíveis para a preservação de seus direitos”, disse.
Administração. Também em nota, a Prefeitura informou que “segue a legislação vigente e trabalha de acordo com os dispositivos legais no que tange aprovação e licenciamento na cidade”. A administração municipal afirmou que, segundo o Plano Diretor e os artigos 242 e 244 da Lei 13.885, de 2004, “as regras da legislação vigente no período do protocolo (do pedido de alvará) são consideradas no momento da análise”.
Segundo a Prefeitura, o Decreto 34.713, de 1994, “exige o relatório de impacto de vizinhança quando a edificação tem mais de 60 mil m² de área construída computável”. O empreendimento tem 51,6 mil m².
A Prefeitura disse que a Cyrela obteve permissão da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) para iniciar as obras mitigadoras exigidas, como o alargamento das Ruas Pamplona e São Carlos do Pinhal e a instalação de placas e semáforos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Custo adicional da obra é o maior obstáculo para construção sustentável decolar no Brasil

Posted by Fred Rangel
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22
out

Outubro/2013 – Secovi

Este é o resultado da pesquisa feita no País por Hamilton França, diretor do Secovi-SP. Ele entrevistou cerca de 800 pessoas, entre profissionais atuantes no setor imobiliário e proprietários de imóveis.
O custo adicional da obra é a principal barreira para que a construção sustentável decole no Brasil, de acordo com 82% dos profissionais que atuam em incorporadoras imobiliárias no País. A conclusão é da pesquisa conduzida por Hamilton de França Leite Junior, diretor de Sustentabilidade do Secovi-SP (Sindicato da Habitação) e da Casoi Desenvolvimento Imobiliário, e orientada pelo professor doutor Claudio Tavares Alencar, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. A pesquisa integra a dissertação de mestrado de Hamilton Leite.
Segundo o relato das incorporadoras pesquisadas que já desenvolveram empreendimentos sustentáveis, o custo adicional desse tipo de construção varia de 1,6% a 8,6%, e a percepção das incorporadoras sem experiência é que esse ágio pode variar de 3,5% a 17,6%, ou seja, mais que o dobro do custo relatado pelos empreendedores com experiência.
O segundo item mais apontado pelas incorporadoras foi o custo da certificação do empreendimento – aproximadamente 0,1% do custo da obra. Em seguida, vêm os honorários de consultorias especializadas em construção sustentável, geralmente contratadas pelas empresas para conduzir o processo de certificação, ainda pouco conhecido pelas incorporadoras do País.
Fato interessante é que, do grupo de incorporadoras que já desenvolveram empreendimentos sustentáveis, 70% realizaram apenas entre um e três projetos desse tipo, o que reforça a constatação de que o assunto é muito novo para a grande maioria das empresas do setor.
Para esse mesmo grupo, as principais razões para a realização de empreendimentos sustentáveis são: compromisso corporativo interno, transformação de mercado, valorização da marca e porque “é a coisa certa a fazer”. Todos esses motivos são intangíveis, com consequente dificuldade de assimilação pelas demais empresas, que não conseguem relacionar à construção sustentável nenhum benefício financeiro direto e imediato para seus negócios.
“Como não havia informações atualizadas quanto às experiências, percepções e opiniões de brasileiros em relação aos custos adicionais e benefícios da construção sustentável, nem sobre as dificuldades para seu crescimento no Brasil, realizamos uma pesquisa de opinião, a fim de auferir essa percepção e compará-la aos resultados obtidos em pesquisas feitas no exterior por instituições como World Green Building Council, McGraw-Hill Construction e World Business Council for Sustainable Development, que se mostraram muito similares entre si”, explica o diretor do Secovi-SP.
O questionário elaborado por Hamilton Leite foi respondido entre os dias 15/3 e 6/5 deste ano, por 813 pessoas, das quais 589 atuam no setor imobiliário, especialmente as que trabalham em incorporadoras imobiliárias. Os respondentes são de São Paulo e outros estados do País.
Maioria dos requisitos de certificação não oneram a obra
O autor do estudo avalia que, a partir do conhecimento dessas dificuldades, ações específicas para mitigá-las poderão ser elaboradas e aplicadas – pelo poder público, pelos sindicatos empresarias, pelas empresas e universidades. “Com a redução dos obstáculos aqui identificados, esse tipo de construção poderá ser adotado de uma forma mais ampla pelas empresas incorporadoras brasileiras e, assim, a produção imobiliária poderá gerar menores impactos socioambientais negativos”, afirma.
Uma possível solução seria as incorporadoras assumirem as exigências relacionadas nas certificações que não agreguem custos a seus projetos e os tornem mais sustentáveis. De acordo com Hamilton Leite, a maior parte dos requisitos relacionados nas normas de certificação ambiental de edifícios não oneram a obra. Exemplos: utilizar cores claras nas fachadas ajuda a reduzir a temperatura externa e interna das unidades, melhorando o conforto dos usuários; utilizar vegetação nativa da região é uma opção mais barata que o uso de plantas exóticas e proporciona economia de água para irrigação, já que essas plantas estão plenamente adaptadas ao clima e regime pluviométrico do local.
Outro resultado obtido pela pesquisa indica que os compradores de imóveis disseram estar dispostos a pagar 10% (mediana) a mais por imóveis sustentáveis em comparação a imóveis convencionais, com características semelhantes (localização, área privativa, itens de lazer, número de vagas etc.).
Caso essa disposição seja futuramente comprovada por meio da comparação de transações de compra e venda efetivamente realizadas de imóveis sustentáveis a imóveis convencionais no Brasil, este fato poderá contribuir para que os empreendedores construam de forma sustentável e sejam adequadamente remunerados pelos investimentos adicionais decorrentes da certificação ambiental de seus edifícios.
Por ora, como ainda não há essa comprovação, observa-se um grave conflito de interesses econômicos entre empreendedor e consumidor, já que o primeiro faz os investimentos necessários para certificar um empreendimento e busca, de forma legítima, os melhores retornos para seu negócio, enquanto o segundo usufrui dos benefícios dos imóveis sustentáveis sem pagar nada a mais por isso.
De acordo com o relato dos administradores de condomínios que responderam ao questionário, os edifícios sustentáveis podem economizar cerca de 35% do consumo usual de água e energia elétrica. Essas economias são cerca de dez vezes maiores do que os custos adicionais incorridos na fase de construção, aliadas aos ganhos de produtividade, melhoria da qualidade de vida e saúde, que serão desfrutados pelos usuários dos imóveis sustentáveis, trazidas a valor presente durante os primeiros 20 anos de operação dos edifícios.

São Paulo ganhará empreendimento imobiliário de R$ 8 bilhões

Posted by Fred Rangel
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22
out

Outubro/2013 – InfoMoney

Lançamento do empreendimento, que ainda não teve seu valor de comercialização divulgado, deve ocorrer até o fim deste ano.
SÃO PAULO – A cidade de São Paulo está prestes a ganhar um empreendimento imobiliário, cujo VGV (Valor Geral de Vendas) está na casa dos R$ 8 bilhões, sendo este um dos maiores projetos do mercado no ano.
Batizado de Parque Global, o megaprojeto será construído em uma área de 218 mil metros quadrados, situada na Marginal Pinheiros, entre o Complexo Cidade Jardim e o Parque Burle Marx.
Fruto de uma parceria entre a Benx, empresa do Grupo Bueno Netto, e a Related Brasil, associação das incorporadoras americanas The Related Group (Miami) e Related Companies (Nova York), com os executivos Clifford Sobel e Daniel Citron, o empreendimento contará com torres residenciais e comerciais, hotéis, shopping center, além de áreas verdes e uma estação de metrô da nova linha ouro.
“O novo bairro nasce pronto para atender aos anseios do estilo de vida contemporâneo e cosmopolita, que valoriza o encurtamento das distâncias e a maior mobilidade entre trabalho, moradia e lazer”, analisa o diretor de incorporação da Benx, Luciano Amaral.
Torres residenciais
O lançamento do empreendimento, que ainda não teve seu valor de comercialização divulgado, deve ocorrer até o fim deste ano, tendo inicio pelas torres residenciais. Serão cinco torres exclusivas, com apartamentos de alto padrão, entre 133 e 317 metros quadrados cada. As torres serão distribuídas em 44 mil metros quadrados, o que dará, aproximadamente, uma torre para cada 9 mil metros quadrados.
“Estamos cuidando de cada detalhe para que este seja um exemplo do que há de melhor em termos de urbanismo. Por isso o projeto foi desenvolvido com adensamento menor do que o permitido. Poderíamos construir quatro vezes o total da área, mas vamos construir duas vezes e meia. Além disso, 30% do terreno será reservado para área verde”, complementa Amaral.
Os compradores de imóveis residenciais do empreendimento contarão com uma praça exclusiva de 18 mil metros quadrados, lobby com pé direito duplo e design da britânica United, em parceria com a arquiteta brasileira Patrícia Anastassiadis, além de peças exclusivas de renomados artistas contemporâneos.
O empreendimento também prevê a construção de um pequeno centro comercial com um mix de lojas composto por um empório, lavanderia, confeitaria, entre outras conveniências, anexas ao residencial.

12 dicas para comprar seu imóvel

Posted by Fred Rangel
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30
set

Setembro/2013 – Época

O que você precisa saber para fechar um bom negócio.
O sonhado caminho do apartamento alugado para a casa própria ficou mais curto e menos sofrido. Isso graças ao crédito farto, com prazos de até 35 anos e juros administráveis. Se as taxas ainda não são tão favoráveis quanto no Primeiro Mundo, permitem que a prestação caiba no orçamento de um número cada vez maior de compradores. Essas boas condições aguçaram, desde 2005, o interesse do consumidor e levaram as incorporadoras a lançar um número recorde de imóveis. Também cresceu a oferta de casas e apartamentos usados.
Diante do grande volume de ofertas, o consumidor precisa se preparar. Muita gente compra um imóvel apenas uma vez na vida. Une a expectativa à falta de experiência no negócio. É essencial compensar a ausência de prática com informação. Foi-se a época em que bastava comprar o imóvel na planta e vender na entrega das chaves para lucrar. Para ajudar o consumidor a fazer bons negócios na hora de comprar ou vender um imóvel, ÉPOCA publica nas páginas seguintes uma série de dicas fáceis e preciosas, num negócio que geralmente envolve emoção, oportunidade e valores vultosos.
1. Defina o tipo de imóvel que você pretende comprar

Qual é a primeira coisa que se deve fazer antes de comprar um imóvel? Se você respondeu que é sair e pesquisar, está totalmente errado. Depois de ver o imóvel dos sonhos, poucos se contentam com uma casa menor num bairro mais simples. Mesmo que a opção mais conservadora faça sentido, diante das possibilidades de comprometer a renda com entrada e prestações sem se endividar nos anos seguintes. Portanto, não se deixe seduzir por anúncios que prometem uma garrafa de uísque, um sorvete, um temaki ou qualquer coisa do gênero, para quem visitar um imóvel em lançamento. Um conselho: antes de ir às compras, pense bem em quanto você pode gastar.

2. Conheça seu limite de financiamento bancário

Imagine a seguinte situação: você passa seis meses procurando um imóvel, encontra um que lhe agrada, assina o compromisso de compra e venda, mas, quando vai ao banco pedir o empréstimo para fechar o negócio, descobre que não conseguirá o montante que desejava. Vai tudo por água abaixo. Para evitar a frustração, o melhor é saber quanto consegue financiar antes de fechar o negócio.
Se você pretende financiar a compra, procure fazer uma simulação de empréstimo para pagar sua casa nos bancos de sua preferência antes mesmo de começar a procurar. Ela se chama crédito pré-aprovado, e muitos bancos fazem isso para você, sem cobrar nada. Trata-se de uma forma simples de saber quanto de sua renda ficará comprometida com as parcelas. Depois disso, faça um teste: reserve o dinheiro que pretende usar para pagar o empréstimo todos os meses. Se sentir dificuldade, isso significa que deve financiar um valor menor, ou postergar ao máximo o prazo de pagamento (se já não estiver usando o limite), para reduzir o valor das prestações. Muita gente planeja a compra num bom momento financeiro, sem imaginar que dificuldades podem aparecer. Os rendimentos sobem e descem. Imprevistos, como doença na família ou perda de emprego, acontecem. Principalmente num momento em que a economia do país cresce menos. Sempre é bom ter uma sobra de caixa para atravessar o período difícil.
3. Conheça bem os custos envolvidos na transação

Converse com um bom agente imobiliário. Ele pode aconselhá-lo sobre todos os aspectos relacionados à compra de um imóvel, incluindo as despesas de compra e venda, como custos dos cartórios e imposto de transmissão de bens imobiliários (ITBI), que varia conforme o município.
Para evitar surpresas desagradáveis e despesas de reparação não previstas em seu orçamento, faça uma inspeção detalhada do imóvel, para verificar se está em boas condições mesmo, ou se só está bem na aparência. Leve em conta também se sua família crescerá ou diminuirá. Pensar no futuro evita que você tenha de vender a casa num curto espaço de tempo, para adequá-la ao novo tamanho de sua família. Ao comprar a casa própria, é importante pensar no que poderá acontecer ao menos nos próximos cinco anos.
4. Faça um roteiro antes de ir às compras

Para ir atrás do imóvel que você procura, siga um roteiro de três passos. Primeiro passo: a pesquisa à distância. Isso pode ser feito sem sair de casa. Pesquise na internet todos os detalhes do mercado em que está interessado. Procure os preços médios de imóveis no padrão e na região de seu interesse. Leve em conta também as propostas de desenvolvimento que possam afetar os preços (chegada do metrô, alteração do asfalto, alteração para zona comercial etc.). Esse é o momento de coletar todas as informações que puder, para depois poder checá-las pessoalmente.

O segundo passo é a pesquisa ao vivo. O ideal é circular pela região de sua preferência, conhecer os especialistas da área e conversar com corretores e proprietários. Nesse nível da pesquisa, você começa a confirmar as informações do passo anterior ou a corrigi-las, se necessário. Essa etapa é negligenciada pelos investidores em imóveis, mas é até mais importante que a anterior. Encha sua agenda de reuniões. É trabalhoso, mas pode ser divertido (e rentável também). Santos, no litoral de São Paulo, tem vários prédios com uma característica singular: são tão tortos que se pode notar a 800 metros de distância. Isso representa um problema também para os edifícios vizinhos e pode afetar os preços. É o tipo de detalhe que você só descobre se vai ao local pesquisar. Pode parecer estranho, mas muita gente compra um imóvel no escuro. Acontece muito com imóveis comprados por brasileiros em Miami. Vale reconsiderar essa estratégia de decidir à distância.
Se você não tem tempo nem para ver o imóvel antes de fechar o negócio, será que terá oportunidade para usá-lo?
O terceiro passo é a avaliação propriamente dita. Depois de reunir todas as informações e de visitar a região (ou as regiões) de seu interesse, você precisa digerir tudo o que aprendeu. No último nível de pesquisa, você conversa com pessoas de sua confiança e discute suas descobertas com elas. Pode ser que elas tenham informações adicionais e destaquem outros aspectos que você pode ter deixado passar. Um segundo par de olhos é sempre bom para os negócios e investimentos imobiliários.
5. Procure ver o negócio com olhos de investidor

Para maximizar o sucesso no investimento imobiliário, você precisa agregar valor, seja na compra ou na propriedade em si. Isso permite uma valorização excepcional e é importante tanto para investidores frequentes quanto para quem apenas deseja comprar um cantinho para viver com dignidade. Esse conceito é uma premissa geral e já existe em muitas outras áreas, sobretudo em administração de empresas e na venda de serviços. Se você compra uma casa, pense que reformar a piscina, construir um gazebo ou instalar uma sauna aumentam o valor do imóvel para sempre. No caso de um apartamento, fechar a varanda ou montar uma cozinha planejada melhoram suas chances de passar a propriedade adiante em situação vantajosa. Lembre-se também de que o mercado não subirá para sempre. O empreendimento imobiliário, como qualquer outro negócio, implica comprar na baixa e vender na alta, para obter um bom lucro. Saber quando comprar – ou vender – não é tão fácil quanto pode parecer à primeira vista.

6. A compra nem sempre é a melhor opção

A maioria das pessoas acha que comprar uma casa é a melhor coisa que pode fazer com a poupança. Isso não é uma verdade absoluta, principalmente se você agir com despreparo e na emoção. Se não está seguro sobre sua situação financeira nos próximos cinco anos, é melhor avaliar seriamente se a compra de um imóvel é mesmo a melhor escolha. De modo geral, a possibilidade de ter filhos ou a perspectiva de mudar de emprego, especialmente se noutra cidade ou noutro país, por menor que seja, pode significar que não é hora de partir para a compra. O melhor talvez seja pagar um aluguel, até que haja mais clareza sobre a questão.

7. Não acredite em todas as previsões

O investidor tem de escolher em quem acreditar. Algumas previsões sobre o comportamento do mercado imobiliário têm pouco a ver com a realidade e só interessam aos vendedores. Ao final de cada ano, a diferença entre o número real e as projeções para o crescimento econômico, a taxa de câmbio e a taxa de juros são grandes. No mercado imobiliário, não é diferente. Se um economista famoso recomendar a compra de imóveis, avalie se ele não andou prestando consultoria ou dando palestras para alguma incorporadora ou construtora.

8. Não tenha medo de perguntar o que não sabe

A primeira regra ao coletar informação é: não seja muito confiante. Não tenha receio de admitir que você não sabe tudo, pois pode estar errado. Evite negociar preços e outras condições num ambiente mais formal de trabalho. Quando as pessoas estão em seus ambientes de trabalho, são mais cuidadosas ao compartilhar informações. Tire-as de lá, e as informações fluirão mais livremente. Às vezes, basta pedir ao vendedor para encontrá-lo no restaurante mais próximo para uma xícara de café. Geralmente, isso quebra a tensão e permite que as informações fluam de maneira mais fácil.

9. Evite o confronto na negociação

Esse ponto é tão básico que se torna até embaraçoso escrever sobre ele. São frequentes os casos de negócios que não saem porque os envolvidos entraram em algum atrito. Ou não conquistaram a simpatia um do outro. As pessoas estão inclinadas a decidir a seu favor quando gostam de você. Isso não significa que quem compra ou vende um imóvel deve ser hipócrita. Os bons negociantes (profissionais ou amadores) apenas se saem bem nesse quesito, porque entenderam como as pessoas gostam umas das outras. Eles se colocam na posição de ser simpáticos e atraentes para os outros. Também estão mais dispostos a ouvir com calma e consideração os pontos de vista do outro, mesmo que, de início, não façam sentido ou não pareçam relevantes. Assim, aumentam as probabilidades de sucesso na negociação.

10. Saiba até onde você pode ir

Todo mundo sabe que reconhecer substância em vez de forma é vital quando avaliamos imóveis como investimentos. Mas o carisma importa. O erro mais comum na tentativa de persuadir é forçar uma das partes. Ninguém decidirá a seu favor com base na firmeza de seu tom de voz ou na dureza de sua postura. Mesmo a persuasão exige sutileza. É preciso equilibrar energia e compromisso. É bom partir do princípio de que as pessoas são espertas. Independentemente de quem você esteja persuadindo, essa pessoa consegue perceber quando você está ansioso, e a maioria reage negativamente à pressão. Elas decidirão a seu favor se acreditarem que tal decisão resultará a favor delas. Esse é o princípio mais básico da persuasão: as pessoas decidem de determinada maneira porque acreditam que sua ação ou decisão vai beneficiá-las. Enfim, uma negociação forçada é uma perda de tempo e de energia.

11. Não brigue contra os fatos

Se houver espaço para negociação direta com o vendedor, você pode dizer: “Sei que você está pedindo R$ 200 mil pelo imóvel e, com base em tudo o que sabe, parece ser um preço justo para você. Talvez você saiba algo que não sei. Com base nas pesquisas que fiz, acredito que deveríamos estar falando num valor por volta de R$ 160 mil”. Nesse ponto, o vendedor deve estar pensando: “Isso é ridículo. Jamais negociaria por esse preço, mas o sujeito parece sincero. O que tenho a perder se gastar mais um tempo negociando, para ver até quanto ele chega?”.
Uma maneira de lidar com situações em que os proprietários estabelecem um preço muito elevado para seu imóvel é falar para o corretor: “Nós dois sabemos que o imóvel não vale R$ 100 mil. Quando o vendedor cair em si, por favor, me ligue, pois gostei muito do imóvel. Quando o preço cair para R$ 85 mil, me avise para que possa me movimentar e fechar o negócio rapidamente”. É uma estratégia que pode funcionar, mas você tem de ficar em cima do corretor.
12. Formalize as decisões em e-mails (ou cartas)

Depois de iniciada uma negociação e antes da etapa de assinatura de contratos, aproveite para formalizar o que foi combinado verbalmente. Isso reduz ou elimina a discussão do tipo “eu disse, você disse” – e evita a oportunidade perdida ou o dano sofrido pela má condução das negociações. Nessa correspondência, procure realçar a especialidade de quem o assessorou (como o corretor), reafirmar seu entendimento sobre o assunto, os termos combinados e discutir a decisão que você planeja tomar. Isso tem três objetivos: 1) ajudar a construir seu relacionamento (todo mundo gosta de uma carta de agradecimento); 2) oferecer ao assessor a chance de corrigir algum erro dele ou uma falta de compreensão das duas partes; 3) confirmar o teor da negociação verbal, evitando o “esquecimento” de algum detalhe no futuro.

* O economista Luiz Calado é autor dos livros Imóveis – Seu guia para fazer da compra e venda um grande negócio (Ed. Saraiva) e Fundos de investimento (Ed. Campus).

Tendência hoje é de estabilidade

Posted by Fred Rangel
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30
set

Setembro/2013 – O Estado de São Paulo

Melhor momento do setor foi em 2010 e 2011.
SÃO PAULO – Todas as obras na Região Nordeste – residenciais, comerciais e de infraestrutura, representam mais de 17,5% do Produto Interno Bruto (PIB) da construção civil do País, atrás do Sudeste (pouco mais de 50%) e à frente do Sul, Centro-Oeste e Norte, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e de representantes do setor.
No início dos anos 2000, o Nordeste também ocupava a segunda posição, com uma fatia apenas 2 pontos porcentuais menor e movimentava pouco maior de R$ 10 bilhões anuais. De lá para cá, especialmente a partir de 2006, houve expansão acelerada. O volume de empreendimentos passou a somar mais de R$ 22 bilhões ao ano, em média.
O mercado imobiliário viveu um boom nas vendas em 2010 e 2011, hoje a tendência é de estabilidade. “No geral, há uma desaceleração na velocidade de vendas porque vínhamos com grandes saltos. Atingimos patamares elevados que não tínhamos há cinco anos”, avalia Eduardo Moura, presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco. Mas, para Moura, a perspectiva ainda é positiva.
“A região conta com muitas oportunidades”, compartilha Ricardo Bezerra, sócio diretor da Lopes Immobilis, que atua na comercialização de imóveis das principais construtoras nas maiores capitais nordestinas. Fortaleza teve 22 lançamentos, entre residenciais, comerciais e flats no primeiro semestre do ano, de acordo com levantamento da imobiliária. Na capital cearense, o segmento de shopping centers se sobressai. São cinco obras simultâneas.
Em Salvador, o mercado imobiliário que estava com excesso de oferta, está se aproximando do equilíbrio, de acordo com os especialistas. A cidade viveu também um pico de vendas a partir de 2006. Foram muitos lançamentos, sobretudo no bairro Paralela, vasta área no entorno da Avenida Luis Viana, com 18 quilômetros de extensão, que liga a região do Iguatemi à divisa de Salvador com o município Lauro de Freitas. “Foi como a expansão da Barra, no Rio de Janeiro, com a construção de grandes condomínios”, explica Luiz Henrique Rimes, diretor Nacional de Negócios da João Fortes Engenharia (JFE).
Mesmo dentro desse cenário de estabilidade, em agosto, a empresa, em parceria com a MRM Construtora, lançou um megaempreendimento de alto luxo, a Mansão Wildberger. O edifício terá 40 andares, 74 apartamentos com vista para a Baía de Todos os Santos. Serão unidades de 460 m² e de 990 m² nos últimos seis andares da torre.