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24/11/2024
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Brasil é líder da América Latina em construções ”verdes”

Posted by Fred Rangel
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26
jun

Junho/2013 – Secovi

Estudo mostra que preocupação com a sustentabilidade cresce em relação às obras para a Copa
O Brasil ocupa o primeiro lugar na América Latina no ranking de construções sustentáveis, enquanto em nível mundial o País aparece em quarto lugar, perdendo apenas para Estados Unidos, China e Emirados Árabes, segundo um estudo divulgado em São Paulo.
O ranking da certificação Leed (Leadership in Energy & Environmental Design) foi realizado pela ONG GBC Brasil (Green Building Council Brasil).
De acordo com o conselho, a preocupação com a sustentabilidade na construção civil vem crescendo no país, principalmente com relação às obras para a Copa de 2014. Atualmente, todos os estádios da competição estão em processo de certificação pelo selo Leed.
Uma construção sustentável é caracterizada pelo uso racional dos recursos, com aproveitamento da água da chuva e tratamento do que for utilizado na obra. Além disso, também estão entre os itens que conferem o selo a reciclagem de produtos, reutilização de materiais e a destinação correta de resíduos.
Após a construção, os empreendimentos ainda podem ser considerados sustentáveis com a utilização de luminárias e sistemas de ar condicionado com maior eficiência, entre outros. De acordo com o diretor técnico e educacional do GBC Brasil, Marcos Casado, 720 empreendimentos estão em processo de certificação no país e outros 100 já receberam a identificação.
Para ele, as empresas vêm buscando esse reconhecimento tanto em função da preocupação com o ambiente como também pela redução de custos. Segundo ele, inicialmente a despesa com a obra pode ser de 0,5% a 7% maior do que o normal.
Porém, a longo prazo, reduz-se de 8% a 9% o custo operacional médio; em 30% o consumo de energia; de 30% a 50% o consumo de água; e de 70% a 80% os resíduos que vão para aterros sanitários.
Cerca de 21% de toda a água tratada do país é utilizada hoje na construção civil, e a aplicação de medidas de sustentabilidade pode reduzir em até 50% esse consumo nos empreendimentos.
O GBC acompanha todo o projeto do empreendimento, desde a escolha do terreno à construção e operação, avaliando o desempenho em todos os períodos. Depois, o local também pode obter a certificação para operação e manutenção.
Apesar da boa colocação, os números de empreendimentos certificados representam menos de 2% do mercado de construção civil do país. Nos Estados Unidos, este percentual é de 10% a 15%.
A estimativa da ONG, no entanto, é de que até o final do ano o Brasil chegue ao terceiro lugar no ranking mundial de construções sustentáveis. Residências também estão buscando certificação, e já existem nove projetos em andamento no país.
Em grandes construções, a maioria dos empreendimentos certificados está em São Paulo, mas também há grande representatividade em Rio de Janeiro, Paraná, Distrito Federal, Ceará e Rio Grande do Sul. Em relação à madeira certificada, o Brasil é o 5º colocado no mundo e o líder na América Latina em área total certificada pelo FSC (Forest Stewardship Council).
O selo FSC é um sistema de garantia internacionalmente reconhecido que atesta a procedência da madeira certificada que acrescenta valor às edificações. De acordo com o Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora), haverá um aumento de 67% no consumo da madeira amazônica certificada FSC nos próximos três anos no país.
Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Relações com Investidores, realizada em 2012, apontou que a emissão de relatórios de sustentabilidade já é feita por 62% das companhias nacionais. Outra pesquisa de 2012, feita pela National Geographic Society em 17 países, indica que o consumidor brasileiro é o terceiro mais consciente, perdendo apenas para os indianos e chineses.

Sem risco de bolha

Posted by Fred Rangel
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26
jun

Junho/2013 – Último Instante

Há cerca de um ano (20/05), neste mesmo jornal, seção imóveis, escrevi artigo intitulado “Mercado vai se valorizar”, no qual tentei reunir os fatores que indicavam uma continuidade na valorização dos imóveis. De lá para cá, segundo o índice ZAP-FIPE, o mercado de São Paulo cresceu cerca de 14,9%. Pois bem, passado um ano, a questão permanece: existe uma bolha imobiliária? O mercado continuará se valorizando? Melhor comprar agora ou esperar?
De pronto, eu afastaria qualquer sinal de bolha imobiliária no Brasil. O que se verificou em países onde este episódio ocorreu não passa nem perto do quadro econômico-imobiliário que estamos vivendo no Brasil. Só para exemplificar: na Espanha, de 1997 a 2007, para uma população de 47 milhões, construíram-se 5,7 milhões de imóveis. O crédito imobiliário chegou a representar 102% do PIB espanhol. Existem atualmente um milhão de imóveis vazios e 100 bilhões de euros de crédito em atraso. A Irlanda, com 4,5 milhões de pessoas, experimentou, entre 1996 e 2005, a construção de mais de 500 mil habitações. Hoje, existem mais de 300 mil imóveis vagos. Nos Estados Unidos, os créditos imobiliários concedidos chegaram a ser apelidados de “Ninja”, no income, no jobs, no assets (sem renda, sem emprego, sem patrimônio). Pessoas chegaram a financiar mais de três imóveis. Ou seja, um misto de efeito manada, com ganância desmedida. Sem comentários…
O forte crescimento imobiliário experimentado pelo Brasil, nestes últimos anos tem fundações bem mais sólidas. A estabilização da moeda propiciou considerável aumento de renda, especialmente nas classes C e D. À medida que temos uma classe média ascendente, é natural que essas pessoas ambicionem adquirir sua casa própria. E não se trata de comprar dois ou três imóveis. Ao contrário, o brasileiro de classe média valoriza essa decisão, analisa-a com cuidado e, se tiver de abrir mão de outros bens para pagar seu imóvel, fará exatamente isso. Afinal, ter um teto é o maior desejo, e legar um bem de raiz aos descendentes continua a ser motivo de orgulho e tranquilidade para pais e mães de família.
A relação crédito imobiliário versus PIB, não obstante estar crescendo ano a ano, não chega a 7%, bem abaixo da média mundial, que gira entre 30 a 45%. E mais, o sistema financeiro do País sofre forte regulação. É grande a quantidade de informações que o setor bancário precisa repassar para o Banco Central quando vai realizar uma concessão de crédito, o que afasta a possibilidade de se formarem as chamadas “situações de risco sistêmico”. Além disso, não é fácil conseguir crédito no Brasil. Os bancos questionam minuciosamente a capacidade de pagamento daqueles que se candidatam a obter qualquer modalidade de financiamento, especialmente o imobiliário. Não é à toa que o sistema financeiro vem continuamente expandindo sua carteira de crédito imobiliário, cujas taxas de inadimplência são as mais baixas do setor, não chegando a 2%.
Contudo, um dos mais importantes de todos os fatores é o equilíbrio entre oferta e demanda. Apesar de muitas pessoas terem adquirido imóveis nos últimos dez anos, graças, sobretudo, à retomada de uma política de concessão de crédito imobiliário – algo que ficara praticamente esquecido desde o final do milagre econômico dos anos 70 –, o déficit habitacional, segundo o IBGE, ainda ultrapassa os oito milhões de moradias. Temos, portanto, um longo caminho a percorrer antes de entrarmos numa situação de “bolha”. Há espaço no mercado para todo tipo de empreendimento, desde unidades adequadas à faixa de renda do importante programa “Minha Casa, Minha Vida”, até bairros planejados.
Por outro lado, não é possível imaginarmos que os preços dos imóveis permaneçam subindo indefinidamente. A contínua valorização nos últimos cinco anos, de mais de 170%, em média, aparenta esgotar-se e, em alguns locais onde houve grande concentração de lançamentos, as construtoras estão fazendo ajustes de estoque e promovendo descontos. Porém, engana-se quem pensa que os preços dos imóveis despencarão na cidade de São Paulo. Inúmeros outros fatores, como falta de terrenos, demora nas aprovações (entre setembro de 2012 e abril de 2013, a Prefeitura de São Paulo aprovou apenas dois projetos), ausência de outorga onerosa, custos de compensações urbano-ambientais e crescimento demográfico impedem essa esperada desvalorização. Devemos passar o ano de 2013 acompanhando o ritmo inflacionário.
*Luiz Augusto Pereira de Almeida é diretor da Fiabci/Brasil e diretor de marketing da Sobloco Construtora.

Os 10 fundos imobiliários mais populares na bolsa em maio

Posted by Fred Rangel
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20
jun

Investimentos em imóveis comerciais, lajes corporativas e agências bancárias são os mais procurados.
Fundos
Em maio, de acordo com levantamento feito pela Elite Corretora, o fundo de investimento imobiliário mais negociado foi o BTG Pactual Corporate Office. As negociações com as cotas giraram 214,14 milhões de reais. Na opinião de Fernando Siqueira, da Citi Corretora, o fundo se destaca principalmente pela grande diversificação geográfica dos ativos. Além disso, o tem uma das maiores valorizações dos últimos anos. Na lista aparecem também os fundos de agências bancárias, representados pelo BB Progressivo II e pelo Santander agências. Fernando explica que estes são os que oferecem o menor risco atualmente.
Alexandre de Macedo Marques Filho, da Elite Corretora, afirma que a grande procura do mercado por esses fundos é explicada pela preferência do investidor por fundos que tenham locatários conhecidos, como bancos ou grandes empresas. Além disso, fundos que têm imóveis diversificados, o que dilui o risco, também atraem os investidores. Ele destaca ainda que não aparecem na lista fundos de hospitais ou de empreendimentos educacionais porque estes têm uma estrutura muito específica, aumentando o risco de vacância ou de complicadas renegociações de aluguel.
Juros
De forma geral, a análise da Citi Corretora destaca que o aumento dos juros parece ter tido impacto negativo nos fundos. “O aumento dos juros é um risco importante atualmente para investimentos em fundos imobiliários”, afirma Fernando. Ele explica que os proventos dos fundos seguiu a taxa básica de juros nos últimos anos e faz uma projeção: um aumento na taxa Selic de 7,25% para 8,25% poderia ter um impacto negativo de cerca de 2,5% nas cotas dos fundos.
Veja, a seguir, os 10 fundos imobiliários mais negociados em maio:
1- BTG Pactual Corporate Office
O BTG Pactual Corporate Office (BRCR11) detém atualmente participação em 15 imóveis coorporativos de alto padrão, sendo 7 em São Paulo, 5 no Rio de Janeiro, 2 em Campinas e 1 em Brasília. O objetivo é remunerar seus investidores através de operações lucrativas de compra e vendas destes imóveis.
É um dos maiores fundos atualmente listados no mercado e, segundo a análise da Citi Corretora, conta com uma das maiores valorizações dos últimos anos.
Variação desde o início: 47,5%
Variação em 12 meses: 4,9%
Volume: 214,14 milhões de reais
2- BB Progressivo II
O fundo BB Progressivo (BBPO11) tem em seu portfólio 64 agências bancárias do Banco do Brasil espalhadas pelo país.
Variação desde o início: 19,5%
Variação em 12 meses: –
Volume: 145,29 milhões de reais
3- CSHG Real Estate
Na ativa desde novembro de 2007, o CSHG Real Estate (HGRE11) tem como objetivo gerar rendimentos pela aquisição de imóveis que potencialmente gerem renda, sendo no mínimo 51% do patrimônio em lajes corporativas.
Variação desde o início: 58,09%
Variação em 12 meses: 5,8%
Volume: 74,2 milhões de reais
4 – Kinea Renda Imobiliária
O fundo Kinea Renda Imobiliária (KNRI11) tem 11 ativos em carteira e outros 5 em diligência. As duas últimas aquisições foram feitas em fevereiro: o Edifício Bela Paulista, na avenida Paulista e a totalidade do Edifício Madison, na Vila Olímpia. Ambos em São Paulo. Este último encontra-se alugado para empresas de grande porte tais como Notre Dame Seguros, Hatch Engenharia, CM Capital Markets e Borghierh Lowe.
Variação desde o início: 63,46%
Volume: 14,6%
Volume: 55,88 milhões de reais
5- Santander Agências
O fundo (SAAG11) tem como ativos 21 agências bancárias locadas ao Banco Santander, em diversos estados. Os contratos são ajustados anualmente pelo IGP-M e a receita total do aluguel das agências é de 1,1 milhão de reais por mês.
Variação desde o início: 0,6%
Variação em 12 meses: –
Volume: 46,22 milhões de reais
6- Industrial do Brasil
O fundo Industrial do Brasil (FIBB11) é proprietário de 35% do Perini Business Park, um parque industrial diversificado localizado no coração do Distrito Industrial de Joinville, SC.
Variação desde o início: 18,33%
Variação em 12 meses: 19,7%
Volume: 43,63 milhões de reais
7-Polo II
O portfólio do fundo Polo II (PORD11) é alocado em CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) lastreados em recebíveis imobiliários pulverizados. A princípio, a carteira é focada em CRIs emitidos pela Polo Securitizadora, embora não haja exclusividade.
Variação desde o início: 2%
Variação em 12 meses: –
Volume: 32,12 milhões de reais
8- CSHG Brasil Shopping
O fundo CSHG Brasil Shopping (HGBS11) tem como ativos a participação em shoppings centers, entre eles o Via Parque Shopping, na cidade do Rio de Janeiro.
Variação desde o início: 92,5%
Variação em 12 meses: 14,30%
Volume: 29,49 milhões de reais
9- XP Corporate Macaé
O fundo XP Corporate Macaé (XPCM11) tem como ativo o edifício The Corporate, localizado na cidade de Macaé, no Rio de Janeiro. De acordo com o prospecto da oferta de cotas para negociação na Bovespa, o fundo pretende adquirir o edifício por 226,2 milhões de reais.
Variação desde o início: 1,11%
Variação em 12 meses: –
Volume: 27,5 milhões de reais
10- Maxi Renda
O fundo Maxi Renda (MXRF11) investe em cotas de outros 11 fundos imobiliários, CRI, LCI e fundos DI. Entre eles, o fundo Brazilian Capital Real Estate Fund que tem mais da metade do Edifício Eldorado Business Tower.
Variação desde o início: 3%
Variação em 12 meses:25,7%
Volume: 19,89 milhões de reais

País terá novos índices sobre o mercado imobiliário

Posted by Fred Rangel
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20
jun

Junho/2013 – O Estado de S.Paulo

Parceria entre a Fipe e os cartórios de São Paulo vai utilizar informações digitalizadas de todos os imóveis registrados no Estado.
SÃO PAULO – O mercado brasileiro de imóveis vai ganhar novos índices. Uma parceria da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e da Associação dos Registradores Imobiliários de São Paulo (Arisp), firmada na semana passada, vai usar a base de dados de todos os cartórios do Estado de São Paulo para levantar informações como a quantidade de transações realizadas e o preço de registro dos imóveis.
Ainda há poucas estatísticas sobre o segmento de imóveis no Brasil e as opções que existem só apareceram recentemente. Nos Estados Unidos, por exemplo, o S&P/CaseShiller pesquisa o valor dos imóveis desde a década de 1980. A escassez de dados nacionais explica a cautela dos especialistas diante das especulações sobre a possibilidade de uma bolha imobiliária no País.
A promessa é que os índices forneçam dados mais precisos sobre a situação do mercado imobiliário. “Acho que o dado mais crítico e que temos pouca informação nesse momento é o relativo às transações do mercado imobiliário”, afirma Eduardo Zylberstajn, organizador do trabalho.
Informações sobre terras rurais e terrenos, explica Zylberstajn, também poderão ser divulgadas. Segundo ele, os dados ainda estão sendo levantados junto ao cartórios do Estado de São Paulo, mas a expectativa é divulgar os primeiros resultados ainda neste ano.
Registros online
A construção dos novos índices será possível com a digitalização dos registros imobiliários de todo o Estado de São Paulo, oficializada há duas semanas com o lançamento do portal Registradores (www.registradores.org.br). “Nós criamos uma central de serviços eletrônicos como um meio para a pessoa possa chegar a todos os cartórios do Estado de São Paulo”, afirma o presidente da Arisp, Flauzilino Araújo dos Santos.
A partir de agora, é possível fazer o registro eletrônico do imóvel (encaminhamento de títulos para registro), solicitar certidões e buscar e visualizar a matrícula de um imóvel sem se deslocar até um cartório. Os preços cobrados são maiores que os praticados pelas unidades físicas, mas segundo Flauzilino, a maior diferença chega a R$ 6. Também é possível pedir a entrega via Correios, com custo adicional de entrega. Algumas documentações, diz, podem ser emitidas em até 15 minutos.
Para acessar os serviços do portal, é preciso fazer um cadastro e comprar créditos, por meio boleto bancário ou transferências entre contas (somente do banco Bradesco). Os valores só estarão disponíveis após a compensação bancária. O encaminhamento de títulos eletrônicos para registro só podem ser realizados no horário de funcionamento dos cartórios no Estado de São Paulo, (9h às 16h). Os demais serviços são disponibilizados 24 horas.
O site cumpre uma exigência da lei 11.977, que criou o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, e determina que até 2014 todo o registro brasileiro de imóveis deve estar disponível pela internet.
Preços
Os preços de registro dos imóveis também serão levantados pela parceria Fipe e Arisp, embora o valor do metro quadrado nessa análise possa não refletir totalmente a realidade. Isso ocorre porque captar o valor de mercado dos imóveis é um dos maiores desafios desse setor.
Dois índices atuais, o FipeZap e o Índice de Valores de Garantia de Imóveis Residenciais Financiados (IVG-R), do Banco Central, têm uma amostra mais precisa da tendência de variação do metro quadrado do que nos preços de mercado propriamente dito. O primeiro pesquisa o valor anunciado do metro quadrado em 19 cidades e pode conter um viés de alta.
O segundo passa pela situação inversa. Como levanta o preço dos imóveis dados em garantia dos empréstimos em 11 cidades, pode indicar valores um pouco abaixo da média, uma vez que os bancos são os responsáveis pela avaliação.
“O ideal é analisar todas as fontes possíveis, os anúncios, as matrículas e as avaliações. Nenhuma fonte é perfeita, mas todas são válidas e têm a sua contribuição para uma leitura mais precisa do mercado”, diz Zylberstajn.

Brasil é o quarto país entre os que mais concentram construções sustentáveis

Posted by Fred Rangel
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17
jun

Junho/2013 – Agência Brasil

Os Estados Unidos reúnem o maior número de empreendimentos em análise.
Brasília – No ano em que a luta contra o desperdício ganhou o topo da agenda ambiental internacional, o mercado brasileiro busca mais um degrau no ranking mundial de construções sustentáveis. Hoje, o Brasil ocupa o quarto lugar entre os países que mais concentram edificações feitas a partir de critérios ambientalmente adequados. Os Estados Unidos reúnem o maior número de empreendimentos em análise, seguidos pela China e pelos Emirados Árabes Unidos.
Mais de 720 projetos brasileiros aguardavam a certificação internacional, conferida pela organização não governamental internacional chamada Green Building Council (GBC), responsável por estimular as construções verdes no mundo. Pelo menos 99 edificações no país detêm o selo. A expectativa do governo e da indústria de construção é chegar a 900 projetos para análise da organização até o final do ano.
Caso consiga atingir a meta, o Brasil ocupará a terceira posição na lista dos países com mais edificações ambientalmente projetadas. A construção civil é responsável por alto consumo de recursos naturais e utiliza energia em larga escala, de acordo com números do Conselho Internacional da Construção. Mais de 50% dos resíduos sólidos gerados por atividades humanas são oriundos do setor.
“O conceito de construção sustentável está amadurecendo e se consolidando dentro da cadeia produtiva da construção civil”, avaliou Wagner Soares, gerente de Meio Ambiente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).
Para alcançar esse status, engenheiros e arquitetos precisam observar uma série de pré-requisitos e medidas, como a redução do consumo de energia e a prioridade às condições de luminosidade natural e de lâmpadas de baixo consumo, além do uso de aparelhos eletrodomésticos mais econômicos (indicados pelo selo Procel).
“A reforma ainda é um tanto complicada e o custo ainda não é muito baixo. Você tem um aumento de 15%, em média, do custo da construção quando trabalha com sustentabilidade e isso coloca em risco o valor do investimento”, destacou Soares. Pelas contas do GBC Brasil, esse gasto, que já foi 30% superior ao de obras convencionais, pode significar uma diferença de até 5%.
Wagner Soares destacou que existe uma tendência de diminuição dos gastos ao longo do tempo. A expectativa é que as pessoas adotem, cada vez mais, sistemas ambientalmente sustentáveis. Soares ponderou que o maior investimento ainda impede que esses projetos representem uma realidade frequente no país.
O governo federal, por sua vez, desenvolve ações para estimular programas ambientalmente sustentáveis. O Ministério do Meio Ambiente disponibiliza cursos pela internet sobre procedimentos que podem ser adotados para adequar prédios públicos a esses sistemas de sustentabilidade.
O programa habitacional Minha Casa, Minha Vida começou há dois anos, com a obrigatoriedade do uso de energia solar em todos os novos empreendimentos destinados às famílias com renda máxima de três salários mínimos. A etapa incluiu 2 milhões de residências, das quais 1,2 milhão para famílias com renda máxima de três salários mínimos.
Técnicos do governo informaram que existem diversas linhas de financiamento para beneficiar esses projetos. Procuradas pela Agência Brasil, as principais instituições financeiras públicas – Banco do Brasil e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) – não apontaram qualquer crédito criado especificamente para essa finalidade. Os projetos podem ser beneficiados por linhas de crédito que já existiam. A Caixa Econômica Federal não deu informações sobre o assunto.