Secovi-SP diz esperar melhora em 2013
Posted by Fred Rangel Comment |
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dez
Dezembro/2012 – Valor Econômico
Embora as projeções de lançamentos e vendas de imóveis residenciais para o próximo ano, em São Paulo, ainda não tenham sido traçadas, representantes do setor disseram, ontem, esperar que o ano de 2013 seja melhor que 2012. Em evento do setor, o vice-presidente do Secovi-SP, Basilio Jafet, disse que a perspectiva é que haja crescimento de lançamentos e vendas em São Paulo em 2013.
Conforme representantes do setor imobiliário, este ano foi marcado por um “freio de arrumação” nos lançamentos. Prazos mais longos do que se esperava para a concessão, por órgãos públicos, de licenças para lançamentos, além de questões como busca de mais rentabilidade pelas incorporadoras e necessidade de consumir menos caixa levaram à redução dos novos projetos apresentados.
Segundo Jafet, o aumento do número de projetos aprovados nos últimos meses é uma das razões para a expectativa de aquecimento do mercado em 2013.
No próximo ano, haverá crescimento do financiamento habitacional tanto para pessoas físicas quanto para empresas, de acordo com o presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), Octavio de Lazari Junior. Em 2011, devido ao menor volume lançado, o crédito para pessoas jurídicas só voltou a crescer em outubro.
Lazari disse considerar que a redução de lançamentos, durante 2012, resultou da maturidade do mercado brasileiro e foi importante para o setor colocar a casa em ordem. “O ajuste no setor foi extremamente importante para que pudéssemos continuar a crescer de maneira sadia. Não houve nenhum problema de ruptura, de quebra das empresas”, disse.
Um dos desafios para 2013, conforme o presidente da Abecip, é preparar instrumentos financeiros atrelados ao crédito imobiliário para quando forem necessárias outras formas de financiamento em função do esperado esgotamento dos recursos da poupança.
O presidente do Secovi-SP, Claudio Bernardes, disse que as medidas de estímulo ao setor anunciadas, na terça-feira, pelo governo federal foram consideradas interessantes, mas que o setor ainda não fez análise “mais profunda” da desoneração da folha de pagamento. A tributação do INSS foi alterada de 20% da folha de pagamento para 2% do faturamento.
É preciso ter mais claro, conforme Bernardes, se as empresas com alto nível de terceirização poderão abater o valor retido pelos prestadores de serviços. “As conversas são de que a Receita Federal concordou que isso seja feito”, afirmou. Jafet, disse que medidas de redução de custo são bem-vindas e que pode haver, por consequência, alguma redução no preço final do imóvel, “mas ainda não dá para saber de quanto”.
O presidente da JHSF, José Auriemo Neto, afirmou que o cenário para os próximos quatro anos é favorável a investimentos. Os desafios para que uma incorporadora seja eficiente estão relacionados principalmente à capacidade de execução, segundo ele.