Construtoras buscam receita com bairros planejados
Posted by Fred Rangel Comment |
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Março/2013 – Estadão
Os bairros planejados são mais do que projetos de incorporação ou loteamentos: são endereços novos nas cidades, que chegam ao mercado com planejamento urbanístico.
Com o Jardim das Perdizes, a Tecnisa estreia no mercado de bairros planejados, que vem despertando cada vez mais a atenção de incorporadoras.
São Paulo – A construtora Tecnisa se prepara para lançar ainda neste trimestre o maior empreendimento de sua história: um bairro inteiro, no meio de São Paulo, construído em um terreno de 250 mil metros quadrados.
Batizado de Jardim das Perdizes, o complexo terá cerca de 30 torres residenciais e comerciais, um hotel e um parque público, em um projeto com um potencial de vendas de R$ 4 bilhões a R$ 5 bilhões.
Com o Jardim das Perdizes, a Tecnisa estreia no mercado de bairros planejados, que vem despertando cada vez mais a atenção de incorporadoras e companhias de urbanismo. Empresas como Alphaville, Odebrecht Realizações Imobiliárias e Sobloco já têm empreendimentos neste modelo.
Os bairros planejados são mais do que projetos de incorporação ou loteamentos. São endereços novos nas cidades, que chegam ao mercado com planejamento urbanístico de um bairro inteiro e o desenho de ruas, acessos e iluminação pública desenvolvido por empresas privadas.
O Jardim das Perdizes terá ruas com luzes de LED e fiação enterrada. Todas as torres residenciais, onde vão morar mais de 10 mil pessoas, ficarão em frente a um parque de 50 mil metros quadrados, construído no meio do empreendimento.
“Quando pensamos no bairro todo, podemos fazer um projeto melhor do que seria viável em um terreno de rua””, disse o diretor executivo técnico da Tecnisa, Fabio Villas Bôas.
A Odebrecht Realizações Imobiliárias demorou 10 anos para conseguir todas as aprovações para lançar, em 2007, a primeira fase da Reserva do Paiva, um bairro de 5,26 milhões de metros quadrados entre o centro de Recife e o porto de Suape.
A expectativa da empresa é de que cerca de 40 mil pessoas morem no bairro, que será plenamente desenvolvido em 18 fases ao longo de 20 anos e somará um valor geral de vendas (VGV) de R$ 12 bilhões. “
Os primeiros imóveis já valem 70% mais do que quando foram lançados. Na medida em que a área é ocupada, o valor do metro quadrado sobe. O preço nas últimas fases de lançamento costuma ser maior, explica o diretor de incorporação do projeto, Luis Henrique Valverde.
A valorização do entorno após o lançamento de um loteamento fez a companhia de urbanismo Alphaville despertar para a oportunidade de desenvolvimento de bairros inteiros. “A inspiração foi o Alphaville de Barueri, lançado nos anos 70. Outros empreendedores aproveitaram para adquirir áreas no entorno do loteamento e ganharam dinheiro com a valorização, diz o presidente de Alphaville, Marcelo Willer.