Tendência hoje é de estabilidade
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Setembro/2013 – O Estado de São Paulo
Melhor momento do setor foi em 2010 e 2011.
SÃO PAULO – Todas as obras na Região Nordeste – residenciais, comerciais e de infraestrutura, representam mais de 17,5% do Produto Interno Bruto (PIB) da construção civil do País, atrás do Sudeste (pouco mais de 50%) e à frente do Sul, Centro-Oeste e Norte, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e de representantes do setor.
No início dos anos 2000, o Nordeste também ocupava a segunda posição, com uma fatia apenas 2 pontos porcentuais menor e movimentava pouco maior de R$ 10 bilhões anuais. De lá para cá, especialmente a partir de 2006, houve expansão acelerada. O volume de empreendimentos passou a somar mais de R$ 22 bilhões ao ano, em média.
O mercado imobiliário viveu um boom nas vendas em 2010 e 2011, hoje a tendência é de estabilidade. “No geral, há uma desaceleração na velocidade de vendas porque vínhamos com grandes saltos. Atingimos patamares elevados que não tínhamos há cinco anos”, avalia Eduardo Moura, presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco. Mas, para Moura, a perspectiva ainda é positiva.
“A região conta com muitas oportunidades”, compartilha Ricardo Bezerra, sócio diretor da Lopes Immobilis, que atua na comercialização de imóveis das principais construtoras nas maiores capitais nordestinas. Fortaleza teve 22 lançamentos, entre residenciais, comerciais e flats no primeiro semestre do ano, de acordo com levantamento da imobiliária. Na capital cearense, o segmento de shopping centers se sobressai. São cinco obras simultâneas.
Em Salvador, o mercado imobiliário que estava com excesso de oferta, está se aproximando do equilíbrio, de acordo com os especialistas. A cidade viveu também um pico de vendas a partir de 2006. Foram muitos lançamentos, sobretudo no bairro Paralela, vasta área no entorno da Avenida Luis Viana, com 18 quilômetros de extensão, que liga a região do Iguatemi à divisa de Salvador com o município Lauro de Freitas. “Foi como a expansão da Barra, no Rio de Janeiro, com a construção de grandes condomínios”, explica Luiz Henrique Rimes, diretor Nacional de Negócios da João Fortes Engenharia (JFE).
Mesmo dentro desse cenário de estabilidade, em agosto, a empresa, em parceria com a MRM Construtora, lançou um megaempreendimento de alto luxo, a Mansão Wildberger. O edifício terá 40 andares, 74 apartamentos com vista para a Baía de Todos os Santos. Serão unidades de 460 m² e de 990 m² nos últimos seis andares da torre.