Novo presidente do Secovi critica insegurança jurídica para investimentos
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Fevereiro 2012 – O Estado de São Paulo
O novo presidente do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), Claudio Bernardes, em seu discurso de posse, criticou a falta de segurança jurídica e a falta de terrenos disponíveis para construções na cidade. “Sem segurança jurídica é impossível realizar investimentos de longo prazo”, disse Bernardes.
Em relação a falta de terrenos, Bernardes defendeu que haja um adensamento das zonas urbanas já ocupadas, com aprimoramento da infraestrutura e revitalização de bairros degradados para receber novos empreendimentos residenciais. “Para isso, é fundamental que haja vontade política e diálogo com a sociedade e com a iniciativa privada”, afirmou, defendendo a integração dos projetos de planejamento urbano com projetos de planejamentos do mercado imobiliário.
Bernardes disse ainda que o mercado imobiliário continua com a demanda aquecida e atraente para investimentos internacionais, além de contar com um sistema eficiente de crédito. “Ainda que se fale no esgotamento dos recursos da poupança destinados ao crédito imobiliário, o mercado já está trabalhando com outras opções para complementar os financiamentos”, lembrou.
O novo presidente disse ainda que nos últimos cinco anos o setor de construção civil no País passou por uma franca expansão, impulsionado pelo crescimento econômico do País e do crédito imobiliário. “Nossa meta é estrutura o mercado imobiliário para trabalharmos de forma pujante, mas sem sofrer sobressaltos”, afirmou.
O ex-presidente do Secovi-SP João Crestana em um discurso breve antes de Bernardes , na cerimônia de posse, não fez nenhum comentário sobre o setor de construção civil. “Hoje é um dia de ouvir, não de falar”.
Minha casa Minha Vida
O secretário da Habitação do Estado de São Paulo, Silvio Torres, descartou a possibilidade de aumento do teto do valor dos imóveis destinados à baixa renda dentro do programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal. “Pelas reuniões de que tenho participado a posição do governo federal é de não aumentar (o teto). E a do governo de São Paulo é de manter o apoio adicional de R$ 20 mil”, disse durante cerimônia de posse do nova diretoria do Secovi-SP.
Pelo convênio firmado entre os governos de São Paulo e o federal estão previstos investimentos de R$ 8 bilhões para construção de 100 mil moradias até 2015, desse total R$ 6,1 bilhões virão do governo federal e, R$ 1,9 bilhão do governo do Estado. Com os recursos do governo paulista foi possível elevar o subsídio a unidade habitacional financiada no Estado de R$ 65 mil, que é o custo máximo previsto no programa federal, para R$ 85 mil. “O teto anterior praticamente inviabilizava projetos residenciais para baixa renda na região metropolitana”, disse Torres. “O novo teto vai acelerar o projeto”, afirmou.
O secretário admitiu, porém, que com a alta nos preços dos imóveis, há pressão do empresariado para aumentar o teto dos imóveis para baixa renda no programa Minha Casa, Minha Vida. “Mas, de maneira geral, respondeu muito bem ao acordo do Estado com o governo federal”, ponderou.
Silvio Torres disse que neste ano já foram encaminhadas à Caixa Econômica Federal projetos para construção de cerca de 2,5 mil moradias para baixa renda no Estado de São Paulo. Segundo ele, já existem outros projetos para a construção de mais 13 mil unidades, que estão próximos de serem enviados à Caixa. O secretário acredita que até o fim do ano pelo menos 25 mil unidades sejam encaminhadas para o banco, mas não soube estimar quantas de fato já terão sido contratadas.