Caixa prevê R$ 100 bi em crédito imobiliário
Posted by Fred Rangel Comment |
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jun
O Estado de S. Paulo
junho/2012
O presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, previu que o crédito imobiliário concedido pelo banco em 2012 deve chegar a R$ 100 bilhões até o fim do ano. “A estimativa anterior era de R$ 96 bilhões, mas estou apostando em mais R$ 4 bilhões”, disse Hereda, na abertura do 8.° Feirão Caixa da Casa Própria para a Região Metropolitana de São Paulo. Neste ano, as operações de crédito imobiliário da Caixa já somaram R$ 32 bilhões, segundo o executivo.
Hereda lembrou que, há oito anos, no primeiro Feirão Caixa da Casa Própria, o crédito imobiliário não ultrapassava R$ 5 bilhões por ano. “No ano passado, o crédito imobiliário chegou a R$ 80 bilhões, por causa de programas de incentivo e facilitação das condições de financiamento”, observou. O presidente da Caixa também afirmou que a instituição baixará os juros “sempre que for possível” e ainda alfinetou os bancos privados, cujas reduções de taxas foram mais discretas do que a do banco público. “Vamos mostrar que é possível baixar juros sem perder rentabilidade.”
Hereda elogiou os resultados financeiros da Caixa no primeiro trimestre de 2012 e destacou que a carteira de crédito total cresceu R$ 20 bilhões de janeiro a março deste ano, ante o mesmo período do ano passado. “Já os quatro maiores bancos privados do País, juntos, elevaram a carteira em R$ 13 bilhões”. Apesar das taxas menores e de programas com o Minha Casa, Minha Vida, o mercado de imóveis ainda é inacessível para uma parcela da população de baixa renda.
Um estudo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) aponta que, em São Paulo, 60% das famílias apresentam pelo menos um obstáculo para comprar um imóvel. Nesses casos, a baixa oferta de moradias do setor privado a preços acessíveis é a grande responsável pela situação. “Os déficits habitacionais em São Paulo e no Rio de Janeiro, em números absolutos, são os maiores do País e estão concentrados em famílias com renda de R$ 1,5 mil a 1,6 mil”, afirmou Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP.